sexta-feira, 6 de maio de 2011



Ele virou curiosidade e obstinação. Precisa saber urgentemente porque ela anda pelo lado oposto e sempre com os dois pés grudados no chão. Tenta formular perguntas indiretas e, na maioria das vezes, tira conclusões precipitadas. Não consegue associar a vontade do olhar obstinado com a ordem das palavras dela.
Produz dramas mexicanos para carregar o título de hipérbole do sofrimento e principalmente, porque percebeu que, mesmo negando e jurando junto a cruz que não, ela gosta. E rir. E se encanta. E ainda pede mais. Sem cansar.
Ele ainda não sabe, mas os dias dela viraram ansiedade e espera.. Não sabe que por trás da pseudo-maturidade e da pose de intelectual existe uma criança boba que ainda não aprendeu a brincar, que não sabe medir risos nem palavras. Que mesmo que faça cara e bocas de interrogação, fecha os olhos e aprecia o lado bom de acreditar das pessoas e na capacidade infinita que elas têm de preencher espaços vazios com exclamação.
Ele nem desconfia que o que antes era para ser uma breve comédia, acabou virando romance.
Ele ainda não sabe de muita coisa, mas acredita. E só por isso, um suspiro de alívio acontece. Ainda há esperança de um momento cheio de beleza, onde a incerteza cria asas e faz tudo acontecer.

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